Escrito por: Sindsaúde
A crise no PSM piora a cada dia
A situação do HPSM Mario Pinotti chegou a um ponto insuportável. No dia 7 de outubro, a revolta tomou conta dos trabalhadores e usuários que ocuparam a 14 de março em protesto pela situação da clínica médica, pediátrica, pequena cirurgia e bloco cirúrgico. Na pediatria, crianças em estado grave estavam aguardando cirurgia durante todo o fim de semana e não foram operadas por falta de gaze.
Na UTI pediátrica, havia pacientes graves sem condição de atendimento por falta de materiais. Nesse dia não houve cirurgia por causa da falta de condições básicas e o cirurgião torácico pediu demissão. A área para sutura está parada. Falta álcool, gaze, esparadrapo e fio de sutura. A clínica médica está sem seringa.
Um dia depois, em reunião com os servidores ao invés de atender as pautas dos servidores, a secretária de Saúde, Maria Selma Silva, e o secretário de administração do município, Guto Coutinho, deram respostas evasivas, e tentaram enrolar e dividir o movimento, jogando a culpa da situação do HPSM somente para as administrações anteriores.
Em resposta, os servidores paralisaram suas atividades no dia 9 de outubro. A prefeitura seguiu indiferente, forneceu quantias pequenas de medicamentos e materiais insuficientes para dar conta da demanda.
Por fim tivemos no dia 16 de outubro uma reunião com o Ministério Público Federal que mais uma vez pouco nos ajudou, pois deixou de dar respostas concretas. No entanto devido aos apelos dos servidores e entidades representativas da saúde, prometeu notificar a prefeitura dar respostas em curto prazo.
Chega de enrolação!
Em assembleia no dia 16/10, os servidores decidiram continuar em estado de greve, e dar à Prefeitura o prazo de oito dias para que atendam as pautas da categoria, caso contrário entraremos em greve. Já estamos com uma assembleia geral marcada para o dia 23 de outubro, quarta-feira, às 18h. É importante a participação de todos os servidores e a solidariedade de todos os setores da sociedade a nossa luta!
Barrar a privatização e salvar vidas!
A administração tucana no governo do Estado e na prefeitura de Belém têm custado caro à nossa população: o descaso com a educação levou os professores da rede municipal e agora os da rede estadual à greve. Na cultura, prevalece uma política elitista de favorecimento dos amigos do governo. Na saúde, o caos é completo: o prefeito, que chegou ao poder prometendo priorizar a área da saúde, vem deixando o HPSM da 14 em total abandono.
As condições se agravam no PSM porque a prefeitura tem o objetivo de privatizar de uma vez o hospital, entregando-o para alguma organização Social (OS), tal qual o Governo Jatene pretende fazer com a Santa Casa de Misericórdia, por isso precariza as condições, mesmo que isso custe a vida de pessoas. Lutamos nesse momento por dignidade e para salvar vidas.