Banpará anuncia Plano de Demissão Voluntária .
Escrito por : CUT-PA e Sind. dos BancáriosÉ UM PDV INDGNO!O Banpará anunciou nesta semana um Programa de Demissão Voluntária - PDV aos...
Publicado: 28 Fevereiro, 2013 - 20h22
Escrito por: CUT PA

Escrito por : CUT-PA e Sind. dos Bancários
É UM PDV INDGNO!
O Banpará anunciou nesta semana um Programa de Demissão Voluntária - PDV aos bancários que têm mais de 20 anos de banco. Ao apontar o caminho da rua aos bancários e bancárias mais antigos, o banco faz esta "oferta":
1) pagamento de todas as verbas rescisórias;
2) indenização correspondente a 50% do salário-base, por ano ou fração igual ou superior a seis meses efetivamente trabalhados no Banco;
3) depósito de 40% sobre o valor total de depósitos efetuados pelo banco no FGTS;
4) 100% do tíquete-alimentação, correspondente a 12 meses;
5) pagamento integral do Plano de Saúde e do Plano Odontológico para os funcionários optantes e de seus dependentes inscritos até a data da rescisão, pelo período de 12 meses.
Sec. de Com. da CUT-PA em manifesta
A Sec. de Com. da CUT-PA, Vera Paoloni, em nanifestação em frente a agência da Presidente Vargas
Na condição de elegível, isto é, de quem se enquadra totalmente nos requisitos do banco para tomar o rumo da porta da rua é serventia da casa, faço minhas considerações sobre este PDV:
1. É um PDV totalmente na contramão do crescimento do país, do sistema financeiro e do próprio Banpará que desde 2007 só tem tido lucros e cada vez mais crescentes. Lucro, ressalte-se, construído com o esforço coletivo de seus quase 1.500 funcionários;
2. O PDV elege os que têm mais de 20 anos, justamente a parcela de bancários e bancárias que, em 1998, deu 20% de seus salários durante 11 meses para garantir o equilíbrio do Banpará e a consequente adesão ao PROES - Programa de Incentivo à Redução do Setor Público na Atividade Bancária. Um remédio amargo para evitar a liquidação ou privatização do Banpará. Para quem não sabe, o PROES tirou do mapa do sistema financeiro 24 dos 27 bancos estaduais e essa metralhadora giratória foi disparada pelo Governo FHC, de repugnante e odiosa lembrança. Com muita luta e capacidade de articulação, conseguimos salvar o Banpará, livrá-lo (e os empregos) do tiroteio.
3. Neste PDV despropositado são muito pequenos os valores para arrematar, indenizar a entrada na fila do desemprego. Em épocas mais magras, no governo lamentável de FHC, o Banpará pagou melhor os PDV's e PDVI's da vida, chegando a pagar até 2 salários por ano trabalhado. Agora, oferece 50% sobre o salário-base o que é pouco, muito pouco para quem vai ficar sem renda para sempre. E o pagamento de todas as verbas é direito líquido e certo, assim como os 40% sobre o saldo de FGTS.
4. Mas o pior desse PDV aloprado, é que a diretoria do banco quer pagar apenas por 1 ano o tíquete-alimentação e os planos de saúde e odontológico. São justamente tíquete e plano de saúde itens que pesam na balança na hora de se pensar em aposentadoria, porque esses dois itens representam de 40% a 60% da renda. Quem adere ao PDV fica imediatamente sem emprego e sem renda. E um ano depois, sem os planos odontológico e de saúde e sem o tíquete!
Assembleia realizada no sindicato dos banc
PDV é pauta em assembleia no Sindicato. dos Bancários
O Sindicato dos Bancários e o funcionalismo do banco não aceitarão essa postura do banco passivamente. Tanto é verdade que a plenária dos trabalhadores e trabalhadoras do Banpará realizada na noite dessa terça-feira (26), no Sindicato, orientou ações da categoria em defesa de seus direitos.
Uma dessas ações será a organização de dias de luta, com paralisações de 1 hora, como forma de pressionar o Governo do Estado e o Banpará a cumprir cláusulas do Acordo Coletivo que o mesmo, unilateralmente, vem descumprindo sistematicamente, como a implantação do ponto eletrônico e as promoções por merecimento e antiguidade garantidas pelo Plano de Cargos e Salários (PCS). Além disso, a categoria também quer mostrar nessas manifestações públicas sua indignação com a retirada do Tíquete Extra, com o Plano de Demissão Voluntária (PDV), e reivindicar mais contratações, melhores condições de trabalho, mais segurança, menos horas extras não pagas entre outras demandas.
“A partir de março começaremos uma série de mobilizações no Banpará que irão mostrar para a sociedade a falta de compromisso do banco e do governo do Estado com o fortalecimento do Banpará como uma instituição pública, estadual, e que valoriza seus funcionários. Vamos intensificar as lutas em defesa dos interesses do funcionalismo do banco de forma responsável e democrática”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
A presidenta do Sindicato também esclareceu os bancários que “nenhum pedido de assembléia foi protocolado na secretaria do Sindicato, conforme prevê nosso estatuto, mas mesmo assim, achamos pertinente convocar a plenária, considerando a forma que o Governo Estadual tem tratado o funcionalismo do Banpará”.