Escrito por: Assessoria de Imprensa/Sindicato dos Bancários
Sindicato dos Bancários é contra a reestruturação do Banpará. Na última terça-feira (13) teve protesto e também foi protocolado um ofício pedindo uma reunião urgente para discutir o assunto
“O alvo das ‘reorganizações’ do Banpará no governo Jatene tem sido a nossa categoria. E a aplicação dessa reestruturação atual tem sido cruel, pois sempre às sextas-feiras, depois do expediente, somos surpreendidos com portarias que extinguem funções comissionadas. Até agora 27 trabalhadores e trabalhadoras já foram afetadas com essa política nefasta, a maioria com mais de 30 anos de banco. Pessoas que quando a empresa precisou de dinheiro para não ser privatizada, doou 20% do salário para que o banco não fosse vendido. Mas tudo isso foi esquecido e o funcionalismo sofre com tanta intransigência e desrespeito”, lembra emocionada a diretora do Sindicato e funcionária do banco, Odinéa Gonçalves.
A reestruturação já passou pelos setores da Auditoria Fiscal e pelo Núcleo de Relações Institucionais com o Governo, onde a maior parte dos trabalhadores e trabalhadoras atingida move ações trabalhistas de 7ª e 8ª horas, como forma de reparar as horas extras trabalhadas e não pagas.
“Diante de todo esse histórico nos fica a pergunta se toda essa reorganização administrativa não é uma retaliação política. O fato é que nossos colegas estão consternados e preocupados. O Sindicato já se colocou à disposição de todos eles para o que for preciso juridicamente e se o banco não chamar a entidade para esclarecer tudo que está acontecendo, vamos recorrer à justiça para impedir que essa medida continue em curso”, afirma a dirigente sindical e também funcionária do Banpará, Érica Fabíola.
Trabalhadores ameaçados – Durante o protesto, a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, lembrou que hoje o Senado vota a PEC 55, mais conhecida como a PEC do fim do mundo, já que irá limitar de forma drástica os gastos públicos por duas décadas, além de um possível congelamento do valor do salário mínimo, fim de concursos públicos, criação de novos cargos e contratação de pessoal caso o teto de gastos não seja cumprido.
“Esse governo golpista, ao qual o governo do Pará está aliado, quer transferir para nós trabalhadores e trabalhadoras o ônus de uma má gestão e contra todo esse retrocesso vamos continuar lutando, indo para as ruas, pois a tendência é que além do Banpará, todos os demais bancos públicos do país, caminhem para a privatização, sucateando o serviço prestado à sociedade brasileira por mais de séculos. É inadmissível todo esse ataque, e como sempre fazemos, não iremos nos furtar de continuar a luta em defesa da classe trabalhadora, em especial a categoria bancária junto com a CUT, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN”, destaca a dirigente sindical.